Cinco pessoas morreram e nove ficaram feridas após a ação de um grupo de encapuzados no bairro da Condor. Caso ocorreu na noite de terça-feira, 6.
Familiares das vítimas da chacina ocorrida na noite de terça-feira (6), em Belém, relataram à equipe de reportagem da TV Liberal os momentos de terror sofridos durante o tiroteio ocorrido na Rua Nova II, no bairro da Condor. Três pessoas morreram no local, duas morreram em hospitais e 14 feridos foram hospitalizados, entre elas, duas crianças. As testemunhas preferiram não se identificar.
Com base na declaração das testemunhas, a polícia acredita que pelo menos oito homens encapuzados participaram da ação. Moradores da área relam que os atiradores cercaram o quarteirão e dispararam vários tiros contra um grupo de pessoas em um bar lotado. Duas crianças foram baleadas na ação, uma na cabeça e outra no pé.
"Ele falou que ele ia assistir o jogo do Paysandu e que não ia demorar porque eu ia para a novena. Aí eu convidei ele para ir comigo e ele falou: 'não, vai amor, leva meu crucifixo e a foto dos meninos e minha identidade'. Foram as últimas palavras que ouvi dele. A gente estava recebendo a bênção lá na igreja e ligaram para a minha irmã, falaram que ele só tinha sido baleado e quando cheguei no pronto socorro, não demorou muito, e disseram que ele tinha falecido", relatou a esposa da vítima.
Outra pessoa que perdeu um familiar na chacina contou contou que os moradores da área demoraram a reconhecer os tiros. "Estamos em época de São João, né? Então a gente achava que era bombinha. Aí identificamos que não era bombinha, que eram tiros", disse.
Um parente de outra das vítimas relatou que os moradores tentaram ajudar as vítimas, mas algumas não resistiram. "Foi um terror, né? Vários tiros ali. Saímos para acudir as pessoas, chegou na hora e encontrei meu sobrinho lá, querendo se levantar e não conseguia", contou.
"Mata todo mundo"
Um morador da área que os atiradores tinham a intenção de atirar contra várias pessoas. "Muita gente se fingiu de morta, porque a ordem veio mesmo: 'mata todo mundo!'".
Outra testemunha relatou que várias armas foram usadas pelos atiradores. "Estavam de escopeta, metralhadora, revólver, atirando em todo mundo que aparecesse. Todo mundo correndo, criança", afirmou.
Em mensagens de áudio compartilhadas por meio de aplicativos de telefone celular, é possível ouvir vários tiros na gravação. "Amiga, eu estou aterrorizada aqui na rua, na Quintino (Bocaiúva). Está saindo muito tiro, muito tiro, muito tiro, muita bala, amiga. Tu tá ouvindo?", diz uma das mensagens.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) informou em nota que já desencadeou uma série de medidas para esclarecer as circunstâncias, motivações e responsabilidade pela ação criminosa.
Uma equipe de policiais da Divisão de Homicídios, juntamente com peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), iniciou o trabalho de levantamento no local. Os corpos das vítimas chegaram na sede do CPC, em Belém, por volta de meia-noite e meia. O Instituto Médico Legal liberou os corpos na tarde desta quarta-feira (7).
Fonte: G1 Pará.
Fonte: G1 Pará.
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