Estrutura mista de concreto e aço contribuiu para que prédio em SP caísse mais rápido, diz especialista
Professor da USP aponta o que, em sua avaliação, levou à 'tragédia anunciada' e aponta precauções contra incêndios que considera 'fundamentais' em edifícios altos.
O incêndio e o subsequente desabamento de um prédio de 24 andares no centro de São Paulo nesta terça-feira (1º) foram uma "tragédia anunciada" pela falta de sistemas de proteção antifogo, por falta de ação do poder público e pela estrutura mista de concreto e aço do edifício, menos resistente ao fogo.
A análise é do professor de engenharia da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e especialista na área há 30 anos, Paulo Helene.
Projetado nos anos 1960 para uso comercial, o edifício Wilton Paes Almeida já funcionou como sede da Polícia Federal e do INSS. Abandonado há pelo menos 17 anos, ele foi ocupado irregularmente diversas vezes. Nos últimos anos, servia como residência a mais de 90 famílias, que pagavam mensalidade ao Movimento Luta por Moradia Digna.
Além das particularidades decorrentes da ocupação – a retirada dos elevadores e o acúmulo de material inflamável, por exemplo –, afirma o especialista, características estruturais da construção acabaram favorecendo a expansão do fogo e o desmoronamento.
A estrutura mista de aço e concreto era uma delas.
"O prédio tinha um núcleo central de elevadores e escadas em concreto. Os demais eram pilares metálicos, com resistência bem menor ao fogo. Essa pode ser uma das explicações para ele ter caído tão rápido", diz o professor.
Port@l do Oeste News.
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