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quinta-feira, 8 de março de 2018

Número de mulheres que sustentam a família no Pará é cada vez maior.


Quase 900 mil mulheres são chefes de família no Estado, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA). Entre os anos de 2015 e 2016, o percentual de mulheres no comando de domicílios teve um crescimento de 2,17%. 

Dos cerca de 5 milhões de domicílios, aproximadamente 2 milhões eram chefiados por mulheres, na região Norte, em 2016. No Pará, de um total de aproximadamente 2,3 milhões de domicílios, quase 900 mil tinham mulheres sustentando a família. 

Há dois anos, a necessidade financeira obrigou Eliana de Oliveira, 40, a ingressar no mercado de trabalho informal. Ela conta que o marido ficou desempregado em 2016 e a então dona de casa precisou assumir o sustento da família. Hoje Eliana tira sua renda com a venda de lanches, numa esquina do bairro da Pedreira, em Belém. “Acordo às 5h da manhã e começo a preparar algumas massas. Na minha casa, os meus filhos me ajudam, cada um com uma função”, detalha a vendedora, que faz preparações diárias.


A conquista de uma renda tem sabor de vitória para a autônoma Carla de Oliveira. Depois do término de um relacionamento há três anos, ela é quem sustenta os dois filhos adolescentes. Hoje, aos 41 anos, Carla fabrica peças artesanais para o público infantil. Ela diz que não é fácil começar algum empreendimento do zero e sem ajuda financeira nenhuma, mas acredita que é motivo de alegria e de orgulho para os filhos. “Apesar de ser cheio de dificuldades, é muito importante não viver subjugada”, acredita a autônoma.

RENDA

O Dieese também analisou a questão da renda das mulheres ocupadas. Mesmo com maior preparo da mão de obra (avanço na escolaridade), as mulheres não só no Pará, mas em todo o Brasil, ainda ganham pouco. Das cerca de 1,3 milhão de mulheres ocupadas em todo o Pará em 2016, aproximadamente 20,82% ganhavam até meio salário mínimo e cerca de 32,09% ganhavam entre meio e um salário mínimo. Isso quer dizer que 52,91% (698.564) das mulheres ocupadas de todo o Estado ganhavam até um salário mínimo de remuneração máxima mensal.

Port@l do Oeste News.
(Wal Sarges/Diário do Pará)

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