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terça-feira, 10 de abril de 2018

Segup confirma 12 mortes em onda de assassinatos na Grande Belém .


Crimes aconteceram na segunda-feira (9), após o assassinato de mais um policial militar. De acordo com o levantamento da Secretaria de Segurança Pública, sete das doze pessoas mortas tinham passagem pelo sistema penitenciário.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) confirmou na manhã desta terça-feira (10) que foram 12 as mortes registradas em uma onda de assassinatos na segunda-feira (9) após a morte de um policial militar na Grande Belém. Os assassinatos têm características de execução e aconteceram em pouco mais de 5 horas, em sete bairros.

Os crimes começaram depois da morte do PM Ivaldo Joaquim Nunes da Silva, de 49 anos. Câmeras de segurança registraram a ação dos criminosos no bairro da Sacramenta. Um cabo da Polícia Militar também foi morto no bairro 40 Horas. Chega a 17 o número de PMs assassinados nos primeiros meses de 2018 no Pará, segundo a Associação de Cabos e Soldados da PM.

Uma sala de situação foi criada no Centro Integrado de Operações (Ciop) para investigar os assassinatos. Uma força-tarefa também foi montada com aproximadamente 430 agentes policiais nas ruas da cidade após os crimes.

Segundo o Secretário de Segurança Pública, a Divisão de Homicídios da Polícia Civil contava com um efetivo de 12 equipes e esse número aumentou para 17. “Essas equipes vão iniciar com a investigação dos crimes mais recentes. Além dessa medida, foi criada uma divisão para investigar os crimes contra policiais, entre eles, o de ameaça que os policiais estão sofrendo”, disse Luiz Fernandes Rocha.

Veja quem são as vítimas da série de assassinatos

Fabiano Ribeiro da Costa, tem passagem pelo sistema penitenciário pelo crime de invasão de terra;

Wellington da Silva Ferreira, com três passagens, sendo duas por roubo e uma por estupro;
Johnatas Matos Maia, por tráfico de drogas;
Valmom Ramos Guimarães, por roubo;

Landerson Rodrigues do Nascimento, por associação ao tráfico de drogas;

Leandro Monteiro Teixeira, por receptação e roubo;

Adriano Augusto Cardoso Dias, por roubo;
Mateus dos Santos Barata, com ocorrência de extravio de documento;

Priscila Camila Oliveira de Souza, que já havia sido presa por tráfico de drogas, assalto a mão armada e lesão corporal de natureza grave;

Uma das vítimas ainda não foi identificada;

Outras duas não possuem ficha criminal confirmada.

Melhores condições

Segundo a Associação de Cabos e Soldados da PM, 17 policiais militares foram assassinados em 2018 no Pará. Na segunda-feira (9), representantes da associação se reuniram com a Segup durante duas horas e meia.

“O soldo do policial tá parado em R$ 788, ou seja, muito menos do que um salário mínimo. Com isso tudo, nós já estamos há 4 anos nessa situação, onde muitos militares vêm pedir socorro nas portas das associações pra gente dar cesta básica. Isso é deplorável, uma situação crítica da associação ver o militar chorando, desesperado porque seu familiar, seus filhos não têm o que comer”, afirma Carla Cristina de Souza, vice-presidente da associação.

A entidade também cobrou um plano de segurança para evitar o assassinato de mais policiais militares.

“Essa prevenção tem que ser tomada mediante eles darem condições pra gente também. Por exemplo, alguns militares perdem suas vidas porque tem que tirar serviços extras, o famoso 'bico' porque ele precisa adquirir uma fonte extra. O que ele ganha não dá pra sobreviver. Temos militares que precisam morar praticamente do lado do criminoso porque ele não tem uma estrutura, não tem um salário digno, então nós estamos brigando por essas questões, por uma melhor moradia pros militares, estrutura melhor para ele poder trabalhar, viaturas e suporte, porque isso tudo tá faltando", ressalta Carla Cristina.

Port@l do Oeste News.
G1 Pará.

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