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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Mais de 76% das mulheres presas em Santarém respondem por tráfico de drogas.


Em todo o Pará, 57% da população feminina nas penitenciárias responde por tráfico de drogas, segundo a Susipe.

Levantamento de Informações Penitenciárias do Pará (Infopen) revelou que 57% das mulheres presas, custodiadas pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) respondem pelo crime de tráfico de drogas. Em Santarém, na região oeste do estado, esse percentual é ainda maior, girando na casa de 76,2%.

Segundo a Susipe, das 67 mulheres que estão custodiadas no Centro de Recuperação Agrícola Silvio Hall de Moura (CRASHM), 51 respondem pelo crime de tráfico de drogas. Há casos de mães que foram levadas ao tráfico pelos filhos ou pelos companheiros, que hoje também estão recolhidos na penitenciária de Cucurunã.

Em maio de 2017, o G1 entrevistou duas presas que estão cumprindo pena no CRASHM acusadas de tráfico. Naquela ocasião, Ana, 40 anos, havia sido presa há dois meses com um filho de 20 anos. Ana morava com cinco filhos de 20, 18, 16, 14 e 11 anos, no município de Prainha, oeste do Pará. Um belo dia, foi surpreendida com a polícia batendo à sua porta por causa de uma denúncia de tráfico. Dentro da casa, a polícia encontrou uma quantidade de entorpecente.

Para suportar os dias difíceis no cárcere, Ana tem o apoio da família e dos amigos. As irmãs a visitam com frequência. Apesar de ter sido presa porque o filho escondeu droga dentro de sua casa, Ana afirma que já o perdoou.

Ângela, 41 anos, já estava presa há mais de um ano, também por acusação de tráfico de drogas. Na mesma penitenciária, cumpre pena seu filho de 20 anos. À polícia, Ângela disse que a droga encontrada com o filho era sua, para que ele tivesse uma pena menor. “Hoje eu sou sentenciada, peguei 10 anos e 4 meses, e estou disposta a pagar para a justiça o que eu devo. Meu filho já está aqui há dois anos e dois meses. Ele veio preso numa situação anterior a minha e está aproveitando a saída temporária. E se Deus quiser, em pouco tempo ele vai ganhar a liberdade. Eu ainda vou ficar um tempinho aqui dentro”, relatou.

Situação no Pará

Nas penitenciárias do Pará, das 945 presas, 514 respondem por esse tipo de crime. Desse total, 217 já foram sentenciadas por tráfico e outras 297 ainda aguardam julgamento.

No Pará, o tráfico de entorpecentes é o segundo crime com maior incidência na população carcerária masculina, atrás apenas do roubo qualificado. Cerca de 15% dos homens presos respondem a processos pelos art. 12 da Lei 6.368/76 e art. 33 da Lei 11.343/06.

Port@l do Oeste News.
Portal G1.

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