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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Comandante do Batalhão de Tucuruí e dois militares são presos por suspeita de corrupção no Pará.

A Procuradoria da Justiça Militar confirmou a prisão dos militares nesta terça-feira, 12. Eles são suspeitos de participação no esquema criminoso que prendeu a ex-Procuradora Geral de Tucuruí, Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira.

Três militares foram presos envolvidos no esquema de recebimento de propina de fazendeiros para reintegrações de posse ilegal em Pacajá e Tucuruí, no sudeste do Pará. A Procuradoria de Justiça Militar confirmou a prisão nesta terça-feira (12) e ainda informou que entre os presos está o comandante do Batalhão de Tucuruí.

De acordo com a Promotoria, os presos devem ser transferidos para o presídio Anastácio das Neves, em Americano, na região metropolitana de Belém.

Essas prisões fazem parte do esquema criminoso que teria envolvimento da ex-Procuradora Geral de Tucuruí, a advogada Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira, que foi presa suspeita de comandar as reintegrações ilegais de terras e também de ser a mentora de outro esquema de clonagem para venda de carros roubados.

A advogada foi ouvida na Delegacia Geral, em Belém, acompanhada por uma Comissão de Prerrogativas da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), e depois foi levada para Centro de Pericias Científicas (CPC) Renato Chaves, onde foi submetida a exame de corpo de delito. Em seguida, a advogada foi conduzida para Centro de Recuperação Anastácio das Neves, em Santa Isabel do Pará, região metropolitana de Belém, onde deve permanecer à disposição da Justiça.

De acordo com a Polícia, ela é acusada de agir juntamente com o marido, conhecido como Major Leonardo do Carmo Oliveira, em milícias privadas. Ele prestava serviços de segurança particular para o prefeito afastado Arthur Brito. O oficial foi preso durante operação do Ministério Público da Polícia Militar na última sexta-feira (8) acusados dos mesmos crimes que a esposa.

Ambos atuavam, segundo a Polícia, sem qualquer tipo de ordem judicial e utilizavam documentos falsificados para cumprir ações de reintegração de posse em fazendas ocupadas por trabalhadores rurais. Na abordagem, o casal apresentava documentos supostamente expedidos pela Justiça, boletins de ocorrência e documentos de títulos de terra para justificar o despejo dos ocupantes.

"Documentalmente eles conseguiram falsificar boletins de ocorrência, documentos de títulos de terra, para que de forma forçosa eles conseguissem a retirada das pessoas daquelas terras", explicou Cláudio Galeno, diretor de Polícia Especializada.

Em troca, segundo a Polícia, eram remunerados pelos donos das propriedades. A Polícia investiga três situações de reintegração irregular na zona rural de Pacajá, no sudeste do estado, que seriam chefiadas pelo casal.

A outra acusação aponta que a advogada estaria chefiando um esquema de clonagem de placas e chassis de veículos roubados ou clonados na região. Segundo a Polícia, há cinco meses três veículos que teriam sido repassados pelo esquema foram apreendidos em uma residência em Tucuruí.

Os carros tiveram os dados clonados para terceiros e os documentos eram falsificados para que parecessem legalizados. Ambas as acusações ainda devem passar por audiência de custódia, que deve ser determinada pela Justiça Estadual.


Portal do Oeste News.
G1 Pará.

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