Suspeito teria usado perfil falso em redes sociais para oferecer cargo de recepcionista. Jovem foi dopada e levada à casa do agressor.
Polícia Civil prendeu um homem de 32 anos, suspeito de ter estuprado uma jovem no Recanto das Emas, no Distrito Federal. Segundo a polícia, ele usou um perfil falso nas redes sociais, com a foto de uma mulher, para oferecer um emprego de recepcionista à vítima. O caso ocorreu em abril deste ano.
Para atrair a jovem de 19 anos, o falso funcionário do laboratório teria oferecido uma carona para levar a adolescente à entrevista de emprego. A vaga seria de recepcionista em um laboratório de exames clínicos, no Gama.
Ainda de acordo com as investigações, ainda no carro, o suspeito se identificou como "supervisor do cargo de recepcionista" e ofereceu um copo de suco à vítima, misturado com um tipo de droga, conhecido como "boa noite, cinderela".
Nesta segunda-feira (10), um laudo da Polícia Civil comprovou que em um dos copos encontrados no carro do suspeito foram identificados resquícios da droga que teria sido usada para dopar a vítima.
Para o delegado da 27ª Delegacia de Polícia, Pablo Aguiar, o suspeito se aproveitou da fragilidade da adolescente para cometer o estupro. À Polícia Civil, a adolescente contou que desconfiou da proposta e, por isso, pediu que uma amiga a acompanhasse até a parada de ônibus, no Recanto das Emas.
Segundo as investigações, essa colega teria anotado a placa do veículo do suspeito. Essa informação ajudou os policiais a localizarem o homem.
A jovem conversou com a imprensa nesta segunda (10). Ainda no interior do veículo, ela ingeriu uma bebida oferecida pelo agressor.
"O suco tinha um gosto azedo. Fui tomando e conversando. Quando vi a placa do laboratório, apaguei."
À impresa, ela contou que, ao acordar, percebeu que estava sem roupa e não reconheceu o local. Ela diz ter visto roupas femininas espalhadas pelo chão da casa, mas ao tentar falar recebeu dois comprimidos para dormir.
Entre as lembranças, a vítima recorda de ter sido colocada novamente no carro e deixada na esquina de casa, cerca de oito horas depois. De acordo com o delegado que investigou o caso, o suspeito morava próximo à vítima, mas não acredita que eles se conheciam. O estupro teria acontecido na casa do agressor.
Outras duas mulheres afirmaram à Polícia Civil que também receberam propostas de emprego oferecidas pelo mesmo perfil falso nas redes sociais, mas disseram que não aceitaram a carona.
O suspeito foi encaminhado nesta segunda ao Complexo Penitenciário da Papuda e vai responder pelo crime de estupro de vulnerável. A pena prevista é de 8 a 15 anos de prisão.
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G1.
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