Uma mensagem chega por meio de aplicativo de mensagens com uma oferta tentadora: a possibilidade de receber R$1,7 mil através do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Porém, a proposta esconde um golpe que pode captar dados pessoais para realização de fraudes ou mesmo para a disseminação de vírus. A mensagem que começou a circular via Whatsapp informa que quem trabalhou no período entre 1998 e 2016 pode receber, por meio da Caixa Econômica Federal (CEF), o valor de até 2 salários mínimos.
DADOS
Mas a mensagem informa que, para saber se o nome consta na lista dos que têm direito a receber o valor, a pessoa deve acessar um link – que leva até uma página falsa que simula o site da CEF - e preencher dados pessoais. É aí que pessoas mal intencionadas conseguem consolidar o golpe, captando informações sobre a vítima.
A Caixa Econômica informou, por meio de nota, que “não envia e-mails ou mensagens via WhatsApp sobre contas inativas para os clientes” e que “o banco orienta o trabalhador a encontrar informações seguras e atualizadas no site do banco (http://www.caixa.gov.br/contasinativas), em seus perfis oficiais nas redes sociais, e por meio do 0800-726-2017”.
É NECESSÁRIO FICAR ATENTO
Diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil do Pará, o delegado Neyvaldo Silva alerta que a população fique atenta a esse tipo de oferta. Ao receber mensagens com tais encaminhamentos, a primeira coisa a se fazer é suspeitar se o banco em questão dispõe desse serviço.
O ideal é não clicar no link e entrar em contato com o banco para saber se a instituição passa informações via Whatsapp e se a oferta em questão procede. “É muito provável que estejam tentando captar você para um golpe”.
Qualquer situação que exija o preenchimento de dados pessoais via internet deve ser analisada com bastante cuidado, já que números como o do RG ou CPF podem ser utilizados para fraudes. Quando isso acontece, os danos patrimoniais podem ser muito grandes e o restabelecimento da situaçãonem sempre é fácil.
RISCO
Se uma pessoa mal intencionada tiver acesso aos dados de outra pessoa, pode solicitar cartões de crédito e até mesmo abrir empresas no nome da vítima. E esse fornecimento pode ser perigoso quando feito não apenas pela internet, mas também pessoalmente.
O delegado conta que já atendeu a um caso em que uma pessoa esqueceu o RG em uma empresa. Logo ela sentiu falta do documento e voltou à empresa para recuperá-lo.
O curto espaço de tempo que o RG ficou na empresa, porém foi suficiente para que os dados da vítima fossem utilizados para golpes. “Depois de 2 meses, ela ficou sabendo que tinham utilizado os dados dela para abrir uma conta na empresa de telefonia e para solicitar um cartão de crédito”, conta Neyvaldo. “O objetivo principal do uso desses dados é a sonegação fiscal. Quando a pessoa se dá conta, está sendo notificada pela Receita Federal”. (com Redação)
SERVIÇO
O delegado Neyvaldo Silva orienta que, caso seja vítima de golpe, a pessoa deve procurar qualquer Delegacia da Polícia Civil assim queperceber a fraude.
Será necessário registrar um Boletim de Ocorrência para que, no futuro, a vítima esteja respaldada.
Quando os dados de uma pessoa são utilizados para abertura de empresas ou solicitações de cartões, o procedimento adotado pela polícia é o de pedir o contrato social utilizado no fechamento do negócio e encaminhá-lo para o exame grafotécnico – que atestará se a assinatura do documento é realmente da pessoa dona dos dados.
(Cintia Magno/Diário do Pará)
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