Monitores são orientados a não reagir. Polícia Militar é a responsável pela busca dos adolescentes, segundo a gestora da Fasepa.
A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) de Santarém, atende atualmente 54 adolescentes sob tratamento socioeducativo do município, e das cidades da região do oeste do Pará. Mesmo com o apoio de gestores treinados para a ressocialização, a fuga de jovens da unidade tem aumentado. Em 2017 já aconteceram onze fugas.
Em entrevista para a TV Tapajós, no último sábado (27), a gestora da Fasepa, Ana Rita Macedo explicou como o centro trabalha para garantir a ressocialização. Ela esclarece ainda que a responsável pela busca desses adolescentes é a Policia Militar, mas a PM não tem autonomia para realizar vistoria no local, apenas dar apoio.
O apoio é necessário em casos como da última fuga, que aconteceu por volta das 20h de quarta-feira (16). Um dos menores simulou que estava passando mal e pediu ajuda de dois monitores. Ao socorrerem-no, os monitores foram abordados com uma faca. Em seguida, os menores roubaram as chaves e fugiram.
A unidade está investigando como os menores conseguiram a faca, já que todo o material usado na Fasepa é de plástico. “Como é que ele teve acesso a essas facas? Dentro das nossas normativas é proibido o uso de material perfurocortantes. É feito uma vistoria, pelo agente de portaria que faz o trabalho de revista de quem entra e de quem sai” explicou a gestora.
No mês de março foram duas fugas. Em abril foi uma, e em junho três. Já em agosto foram cinco. Além das fugas, já aconteceram rebeliões na unidade.
A orientação que os gestores recebem é de não reagir em qualquer fato, segundo a gestora. “Todos os monitores recebem orientações e informações para trabalhar com os menores, e são impedidos de reagir em qualquer situação. Os monitores são sócios educadores, um trabalho pautado no diálogo. Eles não usam qualquer tipo de armamento. Em um evento dessa natureza a orientação é não ir para o enfrentamento”.
Portal do Oeste, seu informe online.
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