Apenas três, das oito testemunhas de acusação, compareceram ao tribunal nesta quinta. Sessão foi adiada para o dia 21 de agosto.
juiz Edmar Pereira decidiu adiar o julgamento iniciado na manhã desta quinta-feira (18) para apurar as responsabilidades de cinco policiais militares e um guarda municipal acusados de participar da invasão do Hospital Geral da Unimed para assassinar Jaime Thomaz Nogueira Júnior, o “Pocotó”, em 2015, em Belém.
“Pocotó” era suspeito de envolvimento na morte do policial Vitor Cezar Pedroso e estava hospitalizado após ter sido baleado em confronto com a polícia. Ele passava por um procedimento médico e estava sob a guarda de policiais quando foi executado com 13 tiros por homens encapuzados que invadiram o hospital.
A primeira audiência do caso começou por volta de 9h50 e ocorria normalmente. O Ministério Público do Pará (MPPA) defende a tese de homicídio duplamente qualificado, mas apenas três, das oito testemunhas de acusação, haviam comparecido ao tribunal e prestaram depoimento.
Os adovgados de defesa dos seis réus dizem que há falhas na acusação, já que os acusados não estariam no local do crime e o grupo que entrou no hospital estaria encapuzado, não sendo possível identificar os atiradores.
Após um intervalo realizado no final da manhã, o MPPA propôs a inversão da ordem de depoimentos para que fossem antecipados os depoimentos das testemunhas de defesa. A defesa rejeitou o pedido e a sessão foi adiada para o dia 21 de agosto.
Segundo o juiz Edmar Pedreira, esta será a última oportunidade para que todas as testemunhas de acusação do MPPA sejam localizadas e ouvidas.
Os militares Walter Fernando da Silva Almeida, Rubens Luiz Fernandes Maués, Anderson Fernando da Silva Teixeira, Victor Rosa Pereira, Mickley Robertson Cunha dos Prazeres e o guarda municipal Antenor Chagas da Cunha foram denunciados pelo promotor de justiça Rui de Almeida Barbosa e respondem pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Dos seis acusados apenas o PM Victor Rosa não compareceu.
Segundo os autos, três dos denunciados teriam sido responsáveis pela invasão do hospital. Os demais montaram guarda e ajudaram na fuga após o assassinato de Pocotó.
Entenda o caso
"Pocotó" foi internado no dia 25 de outubro de 2015, no Hospital Geral da Unimed. Ele havia sido transferido do Pronto Socorro Municipal do Guamá para o local depois de ser baleado em confronto com a polícia. Ele era suspeito de ter assassinado soldado Vitor Pedroso, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam).
Segundo a polícia, a execução ocorreu no dia 26 de outubro de 2015, por volta de 21h, quando os homens encapuzados renderam os seguranças do hospital e subiram até o segundo andar, onde a vítima estava internada. Os suspeitos entraram no quarto do paciente e o alvejaram com 13 tiros.
A Secretaria de Segurança Pública (Segup), afirmou, na época, que "Pocotó" estava sendo escoltado por dois policiais militares e um agente prisional, que também foram rendidos pelos homens encapuzados.
Fonte: G1 Pará.
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